sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Terras Indígenas: Madeireiros são presos por exploração ilegal em terras indígenas no MT

Data: 03 de dezembro de 2010
A Fundação Nacional do Índio disponibilizou mais de R$174 mil para ações de vigilância e proteção durante todo o ano de 2010 nas Terras Indígenas (TI) Irantxe/Manochi, localizadas no município de Brasnorte, que fica a 570 km de Cuiabá. Parte do recurso resultou na realização da Operação Fazenda Brasil, deflagrada pela Funai, Polícia Federal e Ibama, com auxílio de indígenas da região, no último dia 17 e 18 de novembro.

Durante a Operação Fazenda Brasil, oito pessoas foram presas em flagrante extraindo madeira ilegal das terras tradicionais do povo Irantxe. Os madeireiros serão indiciados por crime ambiental, grilagem, desmatamento e formação de quadrilha. Além dos flagrantes, foram apreendidos 04 tratores, 01 caminhão truck, 06 motos, 07 moto serras e toras de madeira.

De acordo com a Coordenadora Técnica Local da Funai, Maristela Aparecida Correa, os índios não estavam envolvidos com o esquema ilegal de madeiras dentro da reserva. “Essas operações são muito satisfatórias, pois com esse tipo de ação, a gente consegue fazer com que os não índios entendam que os indígenas não irão participar de práticas ilegais como essa, e respeitem as áreas indígenas mesmo as que estão em processo de demarcação”, declara a coordenadora.

Em junho deste ano as TIs Irantxe/Manochi foram alvo de operação contra a extração ilegal de madeira. As equipes de fiscalização estiveram na regiãol e realizaram apreensões na parte sul da área, mas não houve flagrante. A situação foi controlada e o monitoramento continuou a ser feito, contudo foram constatados indícios de que a prática ilegal não havia cessado principalmente na parte norte. A operação retornou às terras indígenas com a ajuda de um líder da etnia da Irantxe e foi realizado o flagrante.
As Terras Irantxe/Manochi estão em processo de demarcação e vem sendo alvo da exploração ilegal de madeiras. A região é ocupada por indígenas desde a década de 40, e hoje é habitada por 385 índios numa área de 252 mil hectares. Os índios vivem de artesanatos, produção do mel, extrativismo do pequi e roças tradicionais. As madeiras apreendidas serão utilizadas nas comunidades, para fazer melhorias nas aldeias.

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