sexta-feira, 8 de julho de 2011

Comissão do Senado aprova projeto de Vicentinho para criação de Secretaria dos Povos Indígenas

Um projeto do senador Vicentinho Alves (PR) que propõe ao Governo Federal a criação da Secretaria Nacional dos Povos Indígenas foi aprovado na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado, em sessão aprovada ontem, quinta-feira, 30.

O Projeto de Lei (PLS 173/11) foi apresentado no último dia 18 de abril pelo senador, no dia em que o Senado realizou a primeira sessão especial na história da Casa em homenagem aos índios brasileiros, por alusão da data comemorativa ao Dia do Índio.

Ainda da tribuna, naquela ocasião, discursando sobre a data, Vicentinho apontou que a situação de descaso em que se encontram os indígenas brasileiros, a falta de política de compromisso da Funai no trato com os povos da floresta e a mitigação das ações de caráter social destinadas aos brasileiros índios está deficiente.

No discurso, Vicentinho foi enfático em afirmar que a Secretaria Nacional poderia ser criada como uma forma descentralizada do Governo no trato com as comunidades indígenas, sem intermediários, numa política social de amplitude maior e direcionada.

Pela proposta do Projeto aprovada, a comissão quer que a Secretaria seja criada com status ministerial, uma vez que pelo texto da matéria o órgão deverá estar ligado à estrutura da Presidência da República e absorvendo funções, pessoal e recursos materiais da Funai e da Secretaria Especial de Saúde Indígena, que neste caso é ligada ao Ministério da Saúde.

O próximo passo, após a aprovação na CDH, é que o projeto segue para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Nesta comissão, a Secretaria sugerida por Vicentinho receberá decisão terminativa - ou seja, o projeto não precisa ir a plenário para ser aprovado e seu encaminhamento pode ainda ser direto à Câmara dos Deputados para a devida sanção, promulgação ou arquivamento.

Por telefone, direto da Itália, onde se encontra em missão oficial representando o governador Siqueira Campos em audiências no Vaticano, junto com uma comitiva composta também pela senadora Kátia Abreu e pelo Secretário Estadual da Administração, Lúcio Mascarenhas, Vicentinho se mostrou feliz com o encaminhamento da matéria, devido a relevância do Projeto. O senador acredita que sua proposta possa ser aprovada na CCJ e isso significará "uma vitória para todos os índios brasileiros", conclui.

Fonte: Assessoria de Imprensa Vicentinho Alves

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PROJETO DE LEI DO SENADO (PLS) Nº 173/11, DE 2011
Autoriza o Poder Executivo a criar a Secretaria
Nacional dos Povos Indígenas.

O CONGRESSO NACIONAL decreta:

Art. 1º Fica o Poder Executivo autorizado a criar, na estrutura da Presidência da República, a Secretaria Nacional dos Povos Indígenas.

Art. 2º A Secretaria Nacional dos Povos Indígenas absorverá as finalidades e as competências atualmente atribuídas à Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e à Secretaria Especial de Saúde Indígena, bem como os recursos humanos e materiais a elas vinculados.

Art. 3º As despesas decorrentes da execução desta Lei correrão à conta de dotações constantes do Orçamento da União.

Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

JUSTIFICAÇÃO

A situação dos povos indígenas em nosso país, de modo geral, revela-se muito mais precária que a da população envolvente, embora a responsabilidade pela política indigenista brasileira esteja teoricamente nas mãos da mesma entidade há quase meio século: referimo-nos à Fundação

Nacional do Índio (Funai), criada em 1967, no âmbito do Ministério do Interior, para substituir o Serviço de Proteção aos Índios e superar os impasses e as irregularidades que levaram à extinção desse órgão.

Desde que foi criada, porém, a Funai apresenta a instabilidade como característica maior: esteve sob o comando de 32 dirigentes distintos, sendo alguns de triste lembrança; vivenciou uma alteração radical de abordagem da questão indígena a partir da promulgação da Carta Política de 1988; mudou de vinculação ministerial em 1991, incorporando-se à estrutura da Pasta da Justiça; e viu-se cada vez mais desacreditada em função das seguidas reformas administrativas que esvaziaram a maior parte de suas competências, legitimando órgãos de outros ministérios para intervenções setoriais na política indigenista. Assim, ao longo dos últimos anos, responderam por ações e programas de interesse dos povos indígenas a Funai, o Ministério da Educação, a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), o Ministério da Cultura, o Ministério dos Esportes, o Ministério do Meio Ambiente e o Ministério do Desenvolvimento Agrário.

Infelizmente, em vez de trazer os retornos esperados para o fortalecimento da causa comum, a pluralidade institucional tem resultado em dispersão de recursos, sobreposição de esforços, lacunas e baixo atendimento das demandas existentes.
Ilustra essa triste realidade o péssimo tratamento dispensado à saúde indígena no Brasil, não obstante alguns avanços pontuais obtidos na última década, como a melhoria da cobertura de vacina e a redução da taxa de mortalidade infantil. Afinal, como explicar que a média de expectativa de vida do índio brasileiro é de apenas 46 anos e não passa dos 37 em

Roraima, enquanto a do restante da população nacional supera a idade de 70 anos? Como explicar que as taxas de morbidade e mortalidade entre os autóctones sejam três vezes maiores do que as dos outros brasileiros, mesmo sendo desprezado o alto número de óbitos sem registro ou indexados sem causas definidas, espelho da pouca cobertura e da baixa capacidade de resolução dos serviços disponíveis para os índios?

 Pior ainda: como aceitar que, entre os casos registrados, as causas de morte mais frequentes sejam pneumonia, diarréia, malária e tuberculose, todas elas doenças curáveis e passíveis de prevenção?

Torna-se óbvio, assim, que os esforços da Funasa não foram suficientes para suplantar os problemas crônicos do setor, como a falta de profissionais, de infra-estrutura e de medicamentos, afora as dificuldades de acesso às aldeias. Tampouco bastaram para proporcionar aos índios, de forma geral, os serviços de água, esgotamento sanitário, coleta, remoção e destinação final do lixo.

Na verdade, os serviços do órgão (marcados pela inconstância e pela insuficiência) nem sequer conseguiram evitar o agravamento dos problemas de saúde de diversas etnias, ameaçadas pelo avanço da desnutrição, da obesidade, da cárie, do alcoolismo, das doenças sexualmente transmissíveis, da hepatite, do câncer, da aids e da Síndrome
Febril Íctero-Hemorrágica Aguda (SFIHA). Por falta de assistência sanitária, a sfiha ceifou a vida de vários índios no Estado do Amazonas, a desnutrição matou dezenas de crianças no Mato Grosso do Sul e outras oito no Tocantins, que também apresentaram vômito e diarréia.

Esse descalabro na área da saúde foi, sem dúvida, alimentado pela falta de transparência e regulamentação na gestão dos recursos, muitas vezes desviados. Não por acaso, aliás, o governo recentemente retirou da Funasa a atribuição de gerenciar o  Subsistema de Atenção à Saúde Indígena, entregando-a a uma secretaria especial do Ministério da Saúde.

A Funai, por seu turno, não tem demonstrado desempenho muito superior, mesmo depois do esvaziamento de suas atribuições na década de 1990. A partir de então, ela se concentrou nas políticas de regularização fundiária, legalmente fundadas no Estatuto do Índio (Lei nº 6.001, de 19 de dezembro de 1973) e na Constituição Federal e até hoje deficitárias de efetiva implementação.

Com efeito, das 671 terras indígenas já identificadas no País, somente 449 (67%) foram demarcadas, apesar de se terem esgotado todos os prazos legais há quase uma década: o primeiro, estabelecido pelo Estatuto, findou em 1978; o segundo, fixado pela
Constituição em 1988, encerrou-se em 1993. A lentidão desse processo tem gerado um embate pelas terras cada vez mais acirrado e violento, com reflexos negativos sobre o nível de qualidade de vida dos indígenas, sobretudo em relação à sua integridade física e cultural. Trata-se, portanto, de um problema que põe em xeque a própria razão de ser da Funai.

É com o objetivo de ver essas falhas sanadas que apresentamos este projeto de lei, mediante o qual buscamos angariar maior engajamento do Governo Federal com a causa indígena. Nesse sentido, sugerimos ao Poder Executivo criar um órgão com status de ministério, diretamente vinculado à Presidência da República, para articular as diversas políticas de atenção aos povos indígenas hoje dispersas por várias Pastas.

 Acreditamos que esse órgão poderá, com a configuração projetada, exibir as seguintes qualidades: ter clareza no tocante à sua missão; ser dotado de estrutura organizacional bem dimensionada; contar com número adequado de técnicos, bem qualificados e dignamente remunerados; valer-se de processos administrativos modernos e céleres; dispor de orçamento suficiente e ter uma orientação política bem definida.

Por tudo isso, esperamos contar com o apoio dos nobres Congressistas para a aprovação desta matéria.

Sala das Sessões,
Senador VICENTINHO ALVES

(Às Comissões de Direitos Humanos e Legislação Participativa; e de Constituição, Justiça e Cidadania, cabendo à última a decisão terminativa)

Publicado no DSF, em 19/04/2011.

Secretaria Especial de Editoração e Publicações do Senado Federal – Brasília-DF
OS:11468/2011

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Justiça dá 20 dias para polícia retirar fazendeiros de terra indígena em MT

30/06/2011 21h39 - Atualizado em 30/06/2011 21h39
Fonte: G1 MT
Disponível em: http://g1.globo.com/mato-grosso/noticia/2011/06/justica-da-20-dias-para-policia-retirar-fazendeiros-de-terra-indigena-em-mt.html
Por: Ericksen Vital


Decisão deixa ainda mais tenso o clima na região de Alto Boa Vista. Fazendeiros e índios lutam pela terra há mais de 40 anos.


 O juiz Julier Sebastião da Silva, da 1º Vara da Justiça Federal de Mato Grosso, determinou a remoção, em até 20 dias, das 6 mil famílias de não índios que vivem na Terra Indígena Marãiwatsede, em Alto Boa Vista, a 1.064 quilômetros de Cuiabá. Os agricultores que ocupam aproximadamente 700 fazendas e sítios devem dar lugar aos índios da etnia Xavante, que há 40 anos lutam para reaver a área. No despacho, o juiz federal explica que a retirada dos fazendeiros deve ser feita com reforço da Polícia Federal.

“Prossiga-se a presente execução provisória, expedindo-se mandado de desocupação da área em litígio, com prazo de 20 dias, onde deverão ser mantidos apenas os indígenas”, diz o juiz federal em seu despacho proferido na quarta-feira (19).

A decisão sai na semana que o governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), sancionou a lei n° 9.564/11 que autoriza o governo a fazer uma permuta com a Fundação Nacional do Índio (Funai), trocando a terra Marãiwatsede pelo Parque Estadual do Araguaia. A lei permitiria que os índios fossem levados para viver no Parque. O governador disse que vai buscar convencer os índios a se mudar para o parque e assim evitar um possível conflito na região.

No entanto, as lideranças indígenas da aldeia Marãiwatsede se manifestaram contra a transferência sugerida pelo governador. Os xavantes dizem que a área em disputa é sagrada e que não vão abrir mão da terra. Do outro lado, os fazendeiros alegam que desenvolveram a região e não têm para onde ir.

Os xavantes que vivem na aldeia não aceitaram trocar a área por um Parque Estadual de acordo com a proposta do governador. “Nenhum xavante aceita. A terra de Marãiwatsede é tradicional e de origem Xavante”, declarou o cacique Damião Paradzani, em entrevista por telefone.

O presidente da Associação dos Produtores Rurais de Suiá Missú, Renato Teodoro da Silveira Filho, disse que muitos proprietários têm o título da terra. Neste cenário, ele considera inviável a retirada dos não índios da área. Neste mês, o representante dos moradores procurou a Polícia Federal para denunciar que índios atearam fogo em algumas residências da região para afastar as famílias dos não índios.
Desmatamento

A terra indígena é uma área devastada e ocupada pela agricultura, alvo de disputa entre fazendeiros e índios xavantes. Enquanto não saem, os posseiros seguem desmatando a terra indígena para aumentar sua produção. Em abril, o maior foco de desmatamento identificado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) na Amazônia estava dentro da reserva. Em maio, um grupo de 125 indígenas invadiu uma das fazendas que, segundo alegam, estaria arrendando terras para a formação de mais pasto.

História
De acordo com a Fundação Nacional do Índio (Funai), a terra pertence aos índios. A Fundação alega que há registros históricos, como fotos antigas, que mostram a presença dos xavantes na região antes de o grupo ser retirado e transferido para uma aldeia perto de Barra do Garças, a 516 km da capital.

Na década de 60, com a ajuda do Governo Federal, os indígenas foram retirados da área e levados para uma aldeia distante mais de 400 quilômetros da região. Na época, a terra foi desocupada, vendida e loteada.
Cimi e MPF contra Parque

O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) argumenta que em 1998 a terra indígena Marãiwatsede – identificada e demarcada para o usufruto exclusivo do povo xavante - foi administrativamente homologada em nome da União. O Cimi cita também um acórdão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília, que reconheceu serem os posseiros, fazendeiros e grileiros “meros invasores da área”. Ainda segundo o Conselho Indigenista, os não índios não têm nenhum direito a indenização ou qualquer direito àquela terra.

A subprocuradora-geral da república, Deborah Duprat, afirmou que considera ilegal a proposta de levar os índios para um parque estadual. “É inconstitucional. Os índios têm direito à terra que tradicionalmente ocupam”, comentou a procuradora. "A constituição proíbe a remoção de índios do seu território tradicional. Então, levá-los para uma área distinta daquela que foi identificada como sendo tradicional é inconstitucional", opinou a procuradora.

Relatório aponta 60 mortes de crianças indígenas em Mato Grosso

30/06/2011 19h15 - Atualizado em 30/06/2011 19h15
Por: Ericksen Vital
Fonte:  G1 MT
Disponível em: http://g1.globo.com/mato-grosso/noticia/2011/06/relatorio-aponta-60-mortes-de-criancas-indigenas-em-mato-grosso.html


Mortes foram provocadas por problemas de saúde, diz Conselho Indigenista. Índios da etnia Xavante foram as principais vítimas em 2010.

Sessenta crianças morreram vítimas de desnutrição, doenças respiratórias e infecciosas em 2010 no estado de Mato Grosso, conforme aponta o Relatório de Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil, divulgado nesta quinta-feira (30) pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi). A publicação contém dados, análises e artigos sobre a situação violenta da qual os povos indígenas são vítimas em todo o país.

Mato Grosso se destaca no relatório no item de mortes infantis, que também mostra que em todo o Brasil foram registrados 92 mortes de crianças de até 5 anos por causas facilmente tratáveis. Um aumento grande, comparado com 2009, quando foram registrados 15 casos, com 15 vítimas. Em 2008 morreram 37 crianças indígenas no país.

De acordo com o Conselho Indigenista, as mortes foram provocadas pelo descaso em que vivem os indígenas do país, sendo as crianças as mais vulneráveis. No estado, segundo o Cimi, a assistência médica é precária, faltam equipamentos, médicos, enfermeiros, medicamentos e transporte para levar os doentes até unidades hospitalares na cidade.

Campinápolis

Em Mato Grosso, a situação mais crítica é a do município de Campinápolis, a 565 quilômetros da capital Cuiabá. O governo do estado chegou a decretar situação de emergência no município por causa do alto índice de mortalidade infantil entre os índios. Só este ano, já foram registradas 35 mortes na região. Os xavantes teriam sido acometidos por desnutrição, infecção respiratória, diabete e pneumonia.

O secretário especial de saúde indígena, Antônio Alves, disse em entrevista à TV Centro América, no mês passado, que o governo federal reforçou as equipes de saúde com frota de veículos para levar índios para a cidade e melhoria da infraestrutura local. A reportagem não conseguiu entrar em contato com o coordenador regional da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Campinápolis.

Um índio foi morto a cada seis dias no Brasil em 2010, diz estudo

Fonte: Último segundo /Brasil
Disponível em: http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/um+indio+foi+morto+a+cada+seis+dias+no+brasil+em+2010+diz+estudo/n1597057166507.html
Publicado em:  30/06/2011


Relatório do Conselho Indigenista Missionário aponta que 60 índios foram assassinados. Número é o mesmo de 2009 e 2010

Relatório do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), ligado à Igreja Católica, lançado na tarde desta quinta-feira (30) aponta que 60 índios foram assassinados no Brasil durante o ano passado e outros 152 foram ameaçados de morte. O número de assassinatos de indígenas é o mesmo dos anos de 2009 e 2008. Pelos dados do relatório, em média, um índio é executado no Brasil a cada seis dias. Mato Grosso do Sul foi o Estado com o maior número de homicídios. Foram 34 casos registrados - equivalente a 56% do total.

Os dados do Cimi revelam também que 92 crianças indígenas morreram na hora do parto ou com menos de um ano de vida. O número representa um aumento de 513% no número de casos em relação a 2009, quando 15 crianças morreram por falta de cuidados de saúde. A situação mais crítica registrada no ano passado foi do povo Xavante de Mato Grosso. De 100 crianças nascidas, 60 morreram com menos de um ano de idade vítimas de desnutrição, doenças respiratórias e doenças infecciosas.

O relatório

O relatório “Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil –2010” afirma também que no ano passado houve 33 casos de invasões de terras indígenas e exploração ilegal de recursos naturais dentro das reservas. “Tudo continua igual. Algumas ocorrências aumentam, outras diminuem ou permanecem iguais, mas o cenário é o mesmo e os fatores de violência se mantém, reproduzindo os mesmos problemas”, afirma a antropóloga Lúcia Helena Rangel, coordenadora da pesquisa.

O Conselho Indigenista Missionário afirma também que pelo menos 42 mil índios no Brasil sofrem com a falta de assistência à saúde. Em 2009, o Cimi estimava em 25 mil o número de indígenas sem assistência. O Conselho Indigenista afirma que, por exemplo, a comunidade Suruí, no Pará, está sem assistência médica há cinco anos e que, no Maranhão, crianças da tribo Awa-Guajá, na terra indígena Caru, sofrem com surtos de diarréia.