quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Povos indígenas de MT ganham mais 280 professores

Fonte: http://www.seduc.mt.gov.br/conteudo.php?sid=20&cid=10598&parent=20

Cerca de 280 índios de 31 etnias de Mato Grosso tiveram validado pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT)/ Ministério da Educação (MEC)os conhecimentos desenvolvidos durante cinco anos de estudo. Em cerimônias diversificadas, dia 11 de dezembro, cinco pólos do Estado festejaram a diplomação no Projeto Haiyô, Formação de Professores Indígenas para o magistério intercultural.

Muito mais do que uma solenidade de formatura, a diplomação significa o fortalecimento e a permanência nos rumos da própria história dos povos, inseridos num processo de globalização. “Os conhecimentos conquistados com o estudo fortalecem nossa comunidade”, destacou o professor formado no Projeto Haiyô, Ialau Waurá.

Como na maioria das cerimônias de formatura, as famílias comparecem à solenidade. No caso dos povos indígenas, esse costume se estende a todos os ‘parentes’ (tios, avós, primos, pais. E mais, a conquista é um presente também para os ancestrais.

O certificado garante cada um e cada uma, o direito de fato de serem chamados de professores, segundo o conceito dos não índios. Ele confere àqueles com experiência em sala de aula, antes de participarem do projeto, a títulação oficial.

“O Projeto Haiyô é muito importante para Educação de Mato Grosso e para a educação indígena, foram cinco anos de investimento (na formação profissional) (ser humano) para que de fato a escola indígena tenha garantia de manter sua identidade e a identidade dos povos indígenas”, destaca a secretária adjunta de Políticas Eduacionais, Fátima Resende.

A coordenadora do Projeto Haiyô, na Seduc, professora Letícia Antônia de Queiroz, destaca o fato de que todos os formandos foram indicados pelas lideranças na aldeia. “A experiência em sala de aula foi um dos critérios da escolha, mas existiram outros definidos pelas próprias comunidades”, relata.

Conforme os formadores que atuam no segmento indígena da Seduc, bem como na Superintendência da Diversidade Educacional, a solenidade foi muito emocionante. Porém, significado maior teve ao verificarmos quanto para os mais velhos foi importante verem os filhos formados. “Poucos momentos da minha vida me emocionei tanto”, disse a superintendente de Diversidades da Seduc, Débora Pedrotti Mansilla.

Participaram do processo da Formação do Projeto Haiyô, nos cinco pólos (Juína, Sangradouro, Campinápolis, Posto Indígena Leonardo Villas Boas e Posto Pavuru)a Seduc, professores, coordenadores de pólo, movimentos sociais, Funai,Funasa, Opan.

ROSELI RIECHELMANN/ Assessoria/Seduc-MT

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