quinta-feira, 9 de junho de 2011

Representantes de usina invadida por índios em MT se reúnem com Governo

Do G1 MT
Publicado em: 09/06/2011 10h56 - Atualizado em 09/06/2011 11h03


Usina foi invadida por mais de 80 índios nesta quarta-feira. Eles afirmam que acordo com governo e usina não estaria sendo cumprido



Uma reunião entre representantes da empresa responsável pela usina de Dardanellos e o governo do estado está marcada para esta quinta-feira, na Casa Civil, em Cuiabá. Eles vão discutir as reivindicações feitas pelos índios que invadiram a usina nesta quarta-feira (8).  A usina fica localizada no município de Aripuanã, a 976 quilômetros da capital.

Mais de 80 índios das etnias Cinta Larga e Arara invadiram a usina e continuam acampados na área da usina. Os indígenas afirmam que não estaria sendo cumprido um acordo firmado com a empresa Águas da Pedra, responsável pelo empreendimento, e os governos estadual e federal. “Queremos chamar a atenção da empresa e do governo pacificamente para a realidade dos índios”, comentou o líder indígena Amadeu Cinta Larga.

José Hugo Junqueira, diretor presidente da empresa Águas da Pedra, afirmou durante entrevista ao G1 que a empresa tem atendido o acordo feito com os indígenas e que vai se reunir com representantes do governo para solucionar o problema. “Houve um acordo entre a Funai, Águas de Pedra e governo. Nós temos atendido plenamente esse acordo e há uma reivindicação por parte dos índios de que o estado não tem atendido a parte no acordo e por isso pedimos uma audiência com a Casa Civil”, explicou o representante da empresa.

Ainda segundo os indígenas, nenhum representante da usina conversou com os eles até a manhã desta quinta-feira. Já o representante da usina afirma que as notificações sobre a invasão já foram feitas. “Nós notificamos a Funai e eles informaram que tem um representante em Aripuanã que vai conversar com os índios para fazer a lista de reivindicações”, afirmou José Hugo.

“Esse é um pequeno movimento, que pode virar um grande movimento se eles não vierem até aqui”, reclamou Amadeu Cinta Larga. Ele explicou ainda que nenhum trabalhador foi feito refém. “Todos os trabalhadores saíram e as máquinas estão paradas, todas lá dentro da empresa”, finalizou.

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